Chegámos ao promontório do cabo do mundo, que apela a todos os nossos sentidos para uma outra percepção. O que haverá no Monte da Lua que nos cativa e encanta de tal forma que ficamos deslumbrados a cada passo que damos.
Dizem que é aqui que mora a deusa Cíntia que em noites de lua cheia dança com as fadas e mouras encantadas, príncipes, elfos e duendes, onde a cada brisa que traz nevoeiro do mar se escreveram lendas e histórias que até hoje perduram na memória deste lugar.
Mas deixemos a deusa Cintia dançar nos picos desta Serra serpentária e vamos falar um pouco do Monte que á Lua pertence, fazendo o caminho descendente a partir do alto dos penedos.
Na Antiguidade Clássica ficou conhecida por Promontorium Lunae ou Monte da Lua, pela forte tradição de culto astrolátrico dedicado á Lua, desde os tempos da pré história até á dominação romana, prosseguindo ao longo dos séculos com a igreja medieval condenando repetidamente o uso de amuletos em forma de Lua. Esses cultos atingiram grande vigor na Serra de Sintra que se estende e termina no Cabo da Roca marcando o ponto mais ocidental do continente europeu.
Sintra passou por várias grafias ao longo dos séculos, há quem afirme que Sintra advirá do “sin”, que para os babilónios significaria montanha e “tra” pelos lusitanos pois conteria em si a três fases da Lua, também há quem refira que “suntria” seria mais antiga forma medieval conhecida, a mesma aponta para o indo-europeu, “astro luminoso”, seja qual for a denominação Cynthia, Xentra ou Suntria , foi através dos Fenícios, Celtas, Lusitanos, Romanos, Mouros, que Sintra se tornou na riqueza cultural que compõe esta Serra.
Sintra foi classificada Património Mundial no âmbito da Paisagem Cultural em 1995, a candidatura de Sintra a Património Mundial exigia uma mistura singular de locais naturais e culturais exemplares, a Serra de Sintra corresponde-lhe de uma forma excepional, quem a vê de longe vislumbra uma cadeia montanhosa granítica coberta de densa floresta, quem a vê mais de perto, observa marcas culturais de uma riqueza surpreendente que nos fala de vários séculos da história de Portugal.
As várias culturas dos povos que aqui se instalaram e fizeram deste lugar a sua pátria, misturam-se e espalham-se pela paisagem, em socalcos de memórias vivas que estão abertas aos nossos olhos e outras suspensas no tempo mas que falam aos nossos sentidos.
Sintra foi classificada Património Mundial no âmbito da Paisagem Cultural em 1995, a candidatura de Sintra a Património Mundial exigia uma mistura singular de locais naturais e culturais exemplares, a Serra de Sintra corresponde-lhe de uma forma excepional, quem a vê de longe vislumbra uma cadeia montanhosa granítica coberta de densa floresta, quem a vê mais de perto, observa marcas culturais de uma riqueza surpreendente que nos fala de vários séculos da história de Portugal.
As várias culturas dos povos que aqui se instalaram e fizeram deste lugar a sua pátria, misturam-se e espalham-se pela paisagem, em socalcos de memórias vivas que estão abertas aos nossos olhos e outras suspensas no tempo mas que falam aos nossos sentidos.
Erguido sobre um maciço rochoso num dos cumes da Serra ergue-se o chamado Castelo dos Mouros, uma pesquisa arqueológica revelou uma primitiva ocupação datada do sec X a VIII a.c., mas terá sido com a invasão muçulmana a partir do Séc. VIII que foi construída a primitiva fortificação a fim de controlar as vias terrestres que ligavam Sintra a Mafra, Cascais e Lisboa.
Do alto desta fortificação para além da vista privilegiada que se estende até ao oceano avistamos o imponente Palácio Nacional de Sintra, ou Palácio da Vila, terá sido residência dos governantes mouros da região, constituído por vários corpos edificados ao longo das sucessivas ocupações. Quando Sintra foi tomada aos mouros nos Sec. XII, D. Afonso Henriques doou o Palácio e o Castelo a Gualdim Pais, Grão-mestre da Ordem dos Templários em Portugal. Foi com D. João I que surgiram as primeiras alterações no Palácio, as chaminés cónicas, o edifício central bem como várias salas. A estas alterações se seguiram outros projectos de remodelação nos séc. XV e XVI, de salientar o estilo “manuelino” inspirado nos descobrimentos, bem como a influencia islâmica chamado o estilo “mudejar”.
No coração da Serra temos o Convento de Santa Cruz dos Capuchos, mandado construir por D. Álvaro de Castro no séc. XVI, famoso pelo extremo da sua pobreza, seja da construção como das próprias condições de vida á época, foi habitado até finais do Sec. XVIII sendo depois abandonado com a extinção das ordens religiosas.
No Séc. XIX, Sintra oferece-nos o que de mais belo e sublime o movimento romântico criou, em redor do centro histórico surgem vários palacetes como Monserrate de estilo oriental, envolvido por um verdadeiro parque botânico com plantas e arvores vindas de vários pontos do mundo, de quintas senhoriais como a Quinta do Relógio de inspiração neo-mourisca ou a Quinta da Regaleira onde a simbólica nos faz avançar para dentro e ao fundo de nós.
Várias personalidades imortalizaram este Promontório, desde pintores, músicos, compositores, poetas, escritores, historiadores, mas entre todas as personalidades que se renderam e se inspiraram em Sintra, uma houve que mudou o curso da sua história, D. Fernando II, o rei artista, homem de vasta cultura e sensibilidade refinada, fez nascer no Alto desta Serra o mais magnifico Palácio, fruto de um sonho maior, o Palácio da Pena e o seu Parque deslumbrante, onde está inserido o Chalet da Condessa D’Edla, segunda mulher de D. Fernando, símbolo de um amor que sobreviveu ao fogo e ao tempo.
Seria tarefa difícil enumerar todos os encantos e recantos de Sintra, nada como visitá-la e senti-la, pois é um daqueles locais onde a mão dos deuses se aprimorou.
No coração da Serra temos o Convento de Santa Cruz dos Capuchos, mandado construir por D. Álvaro de Castro no séc. XVI, famoso pelo extremo da sua pobreza, seja da construção como das próprias condições de vida á época, foi habitado até finais do Sec. XVIII sendo depois abandonado com a extinção das ordens religiosas.
No Séc. XIX, Sintra oferece-nos o que de mais belo e sublime o movimento romântico criou, em redor do centro histórico surgem vários palacetes como Monserrate de estilo oriental, envolvido por um verdadeiro parque botânico com plantas e arvores vindas de vários pontos do mundo, de quintas senhoriais como a Quinta do Relógio de inspiração neo-mourisca ou a Quinta da Regaleira onde a simbólica nos faz avançar para dentro e ao fundo de nós.
Várias personalidades imortalizaram este Promontório, desde pintores, músicos, compositores, poetas, escritores, historiadores, mas entre todas as personalidades que se renderam e se inspiraram em Sintra, uma houve que mudou o curso da sua história, D. Fernando II, o rei artista, homem de vasta cultura e sensibilidade refinada, fez nascer no Alto desta Serra o mais magnifico Palácio, fruto de um sonho maior, o Palácio da Pena e o seu Parque deslumbrante, onde está inserido o Chalet da Condessa D’Edla, segunda mulher de D. Fernando, símbolo de um amor que sobreviveu ao fogo e ao tempo.
Seria tarefa difícil enumerar todos os encantos e recantos de Sintra, nada como visitá-la e senti-la, pois é um daqueles locais onde a mão dos deuses se aprimorou.
Autor: O. Florência
Gostei muito.
ResponderEliminarPubliquei recentemente um romance: O SEGREDO DA SERRA DA LUA'.
É um romance de ficção, mas que eu penso que muito agradaria a quem se interessa por esta magia de Sintra...
Visitem-me em:
http://coisasqueacarolinaescreve.blogspot.pt/
O livro está à venda no SITIO DO LIVRO.
E, como escreveu Einstein,
'A coisa mais bela que podemos experimentar é o Mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência'
Fiquem bem!
Carolina Sousa