É chegada a Primavera o sol, na sua órbita aparente, como vista da terra cruza o plano do equador celeste, Primavera do latim Prima Vera, inicio de boa estação, os dias são iguais às noites e parece que toda a natureza entra numa fase de equilíbrio.
O homem primordial sentia-se restringido a um mundo, onde se sentia só e exilado, observava as estrelas, o sol, a lua, a vegetação que ora florescia, ora instalava o vazio, a seca e a fome, e aprendeu a viver e a absorver esses ritmos da natureza de morte e renascimento. Ele dependia desses ritmos da natureza e criou deuses, ritos, rituais e mitos, que curiosamente muitos deles sobrevivem até aos dias de hoje, pois eles são a explicação do mais profundo da nossa alma.
A Primavera era para o homem primordial de suma importância, marcava o fim da hibernação, a natureza florescia, dava o alimento, a sobrevivência, era a Grande Mãe que na sua forma mais gratificante ressurgia como deusa lunar em toda a sua plenitude, mas não existe uma mãe sem o pai, ou a parte feminina sem o seu complemento, para que tudo tomasse forma e vitalidade era necessário que a deusa fosse fecundada e aí o Sol na sua forma de deus, fecundava as sementes adormecidas no ventre da terra, dando luz e calor permitindo que a vida tivesse continuidade.
Eram vários os festivais de fertilidade, que marcavam esta “união alquímica” da deusa/deus desde o mais profundo da alma do homem, pois ele próprio tal como a natureza passava por todas estas mutações. Estes festivais de fertilidade eram na sua maioria Rituais Iniciáticos, tomavam o grão e a sua metamorfose, como um espelho do que se passava na sua alma e o segredo dessa transformação, a morte e o renascimento.
A Primavera era para o homem primordial de suma importância, marcava o fim da hibernação, a natureza florescia, dava o alimento, a sobrevivência, era a Grande Mãe que na sua forma mais gratificante ressurgia como deusa lunar em toda a sua plenitude, mas não existe uma mãe sem o pai, ou a parte feminina sem o seu complemento, para que tudo tomasse forma e vitalidade era necessário que a deusa fosse fecundada e aí o Sol na sua forma de deus, fecundava as sementes adormecidas no ventre da terra, dando luz e calor permitindo que a vida tivesse continuidade.
Eram vários os festivais de fertilidade, que marcavam esta “união alquímica” da deusa/deus desde o mais profundo da alma do homem, pois ele próprio tal como a natureza passava por todas estas mutações. Estes festivais de fertilidade eram na sua maioria Rituais Iniciáticos, tomavam o grão e a sua metamorfose, como um espelho do que se passava na sua alma e o segredo dessa transformação, a morte e o renascimento.
A Lusitânia foi palco de vários cultos e rituais, desde o mais antigo, o culto da Serpente do povo proto-histórico os Lapídeas ou Ofi, este culto ofiolátrico, estendeu-se por toda a zona norte em especial Vila Real, de que ainda hoje existem vestígios.
O panteão Ibérico tinha a sua deusa Ategina (a renascida) como deusa Mãe. Também ela uma deusa agrária e da fertilidade e simultaneamente Infernal, era uma deusa tríplice, consorte do deus Endovélico, o seu complemento divino, solar, agrário e ao mesmo tempo infernal. Reinavam juntos no mundo “inferior” como sementes adormecidas, para na Primavera ressurgirem também como casal, fazendo toda a natureza florescer e procriar. Embora Ategina apareça várias vezes associada a Perséfone grega, Ategina parece reunir em si todos os elementos do mito Deméter/Perséfone.
À semelhança, também Perséfone Donzela da Primavera e Rainha dos Infernos ressurgia no seu esplender inocente, juvenil, primaveril inundar de vida a terra junto da deusa Deméter sua mãe nos misteriosos Rituais de Elêusis, para no Outono retornar ás profundezas da terra onde estão as sementes a germinar para um novo ciclo, submundo esse do qual se tornou Rainha, pois Hades ao dar-lhe a comer a “semente” da deliciosa romã, símbolo da fertilidade mas também do conhecimento oculto, não é ao acaso que os sacerdotes e sacerdotisas em Elêusis se coroavam com ramos de romãzeira. Tal como Ategina, Perséfone vivia seis meses na Terra, na Luz, e outros seis meses submersa no solo como um “grão” recolhido.
O panteão Ibérico tinha a sua deusa Ategina (a renascida) como deusa Mãe. Também ela uma deusa agrária e da fertilidade e simultaneamente Infernal, era uma deusa tríplice, consorte do deus Endovélico, o seu complemento divino, solar, agrário e ao mesmo tempo infernal. Reinavam juntos no mundo “inferior” como sementes adormecidas, para na Primavera ressurgirem também como casal, fazendo toda a natureza florescer e procriar. Embora Ategina apareça várias vezes associada a Perséfone grega, Ategina parece reunir em si todos os elementos do mito Deméter/Perséfone.
À semelhança, também Perséfone Donzela da Primavera e Rainha dos Infernos ressurgia no seu esplender inocente, juvenil, primaveril inundar de vida a terra junto da deusa Deméter sua mãe nos misteriosos Rituais de Elêusis, para no Outono retornar ás profundezas da terra onde estão as sementes a germinar para um novo ciclo, submundo esse do qual se tornou Rainha, pois Hades ao dar-lhe a comer a “semente” da deliciosa romã, símbolo da fertilidade mas também do conhecimento oculto, não é ao acaso que os sacerdotes e sacerdotisas em Elêusis se coroavam com ramos de romãzeira. Tal como Ategina, Perséfone vivia seis meses na Terra, na Luz, e outros seis meses submersa no solo como um “grão” recolhido.
Também os Celtas e os Druidas festejavam a vinda da Primavera, a Festa da Fertilidade Ostara de origem anglo-saxã que significa algo como “sol nascente” ou “sol que se eleva”, estava relacionada à luz crescente da Primavera que traz alegria e bênçãos á terra, segundo a tradição celta nesta data a semente da vida, é semeada no ventre da deusa, a donzela revigorada cheia de alegria e vida.
O deus era devidamente armado para iniciar a sua viagem do mundo das trevas para que a Luz voltasse a reinar, que culminava no maior Festival Celta da Primavera Beltane. Dia 1 de Maio, o sol “astrologicamente” encontra-se em Touro e o Touro marca a morte do Inverno, o nascimento da Primavera, o retorno do sol do “deus sol”, este festival de raízes celtas Beltane deriva ainda de um antigo festival Druida do Fogo, ambos celebravam a união da Deusa ao Deus, da Lua ao Sol e assim se consumava o chamado “casamento sagrado”, era escolhida uma sacerdotisa e um sacerdote para esse fim e assim era dada força aos poderes da Luz e da nova vida que dançavam e se moviam através de toda a criação .
Nestes rituais acendiam-se fogueiras, os chamados Fogos Sagrados de Beltane desde a noite anterior para indicar o caminho para o retorno do Sol, as trevas terminavam aí e a Roda da Vida girava para a Luz, embora chamem as estas festividades cultos lunares elas sempre seguiram o ritmo do Sol.
O deus era devidamente armado para iniciar a sua viagem do mundo das trevas para que a Luz voltasse a reinar, que culminava no maior Festival Celta da Primavera Beltane. Dia 1 de Maio, o sol “astrologicamente” encontra-se em Touro e o Touro marca a morte do Inverno, o nascimento da Primavera, o retorno do sol do “deus sol”, este festival de raízes celtas Beltane deriva ainda de um antigo festival Druida do Fogo, ambos celebravam a união da Deusa ao Deus, da Lua ao Sol e assim se consumava o chamado “casamento sagrado”, era escolhida uma sacerdotisa e um sacerdote para esse fim e assim era dada força aos poderes da Luz e da nova vida que dançavam e se moviam através de toda a criação .
Nestes rituais acendiam-se fogueiras, os chamados Fogos Sagrados de Beltane desde a noite anterior para indicar o caminho para o retorno do Sol, as trevas terminavam aí e a Roda da Vida girava para a Luz, embora chamem as estas festividades cultos lunares elas sempre seguiram o ritmo do Sol.
Interessante que Mitra era um Deus Solar e o Touro era o seu símbolo, a morte sacrificial do Touro que neste caso representaria a Lua, talvez simbolizasse o vencer da Luz sobre as trevas, mas isso permanece um mistério.
Que este Equinócio de Primavera nos traga o exacto equilíbrio de toda a vida que nos rodeia, para que deixemos de estar exilados dentro de nós próprios e façamos parte deste maravilhoso ciclo da natureza.
Autor: O. Florência
Nunca se sabe tudo.É costume diezer-se a morrer e a aprender, porque o saber não ocupa lugar.Jovens aproveitem esta grande oportunidade.-
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