Um dia vou olhar para as tuas mãos,
e sentir como sou feita delas.
Saberei que cada linha nelas traçada,
é um jardim onde nunca julguei estar.
Saberei que existo,
porque passei nelas,
sempre serena...
sempre tão serena.
Um dia...
olharei para esse silêncio e ficarei longe,
longe do Caminho que me trouxe até elas.
E direi!
Que não sei de volta o Caminho de Casa...
Mas, os teus olhos profundos irão revelar
os motivos que me trouxeram, desta forma forte e assustada,
simplesmente por saber do dia em que deva migrar com as aves
e não seja capaz!
Um dia.
Vou olhar para as tuas mãos,
e sentir que sempre estive ali ! Inteira! Verdadeiramente viva.
Onde me julgava não ser possível existir.
Vou olhar para elas, e
todos os silêncios vão ter respostas
As palavras não serão escolhidas,
nem os gestos prováveis.
Vou ser capaz de virar os ventos,
e não terei de partir!
Autor: O. Florência
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