Painel do Fado por José Malhoa |
Fado do marinheiro
Perdido lá no mar alto
Um pobre navio andava;
Já sem bolacha e sem rumo
A fome a todos matava.
Deitaram a todos as sortes
A ver qual d'eles havia
Ser pelos outros matado
P´ró jantar daquele dia
Caiu a sorte maldita
No melhor moço que havia;
Ai como o triste chorava
Rezando à Virgem Maria.
Mas de repente o gageiro,
Vendo terra pela prôa,
Grita alegre pela gávea:
Terras , terras de Lisboa.
Cancioneiro popular
Lindo poema! Nos remete ao séc. XV.
ResponderEliminarA mim remete ainda ao séc XX.
Quando minha cantarolava o fado ao fazer a limpeza de nossa casa.