Sendo realidade ou ficção, é no dia 08 de Março, do ano de 1857, que as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Porém, é historicamente aceite que a ideia da existência de um dia internacional da mulher surge no final do século XIX, princípio do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena e São Petersburgo.
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova Iorque. Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, onde foi aprovada a proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de Março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o rastilho da Revolução de 1917. Em 8 de Março, a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução. Leon Trotsky assim registou o evento: “Em 23 de Fevereiro (8 de Março no calendário gregoriano) estavam planeadas acções revolucionárias. Pela manhã, a despeito das directivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem a sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma em todo o mundo. Em Portugal, houve mulheres que se bateram pelos seus direitos. Neste caminho não pode ser esquecido o papel, actividade e acção de muitas mulheres que desde sempre lutaram por ideias de igualdade, direitos cívicos e sociais, direito ao trabalho, direito ao salário, essas mulheres estiveram na primeira linha do combate e ombrearam com os homens na luta por estas conquistas.
De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma em todo o mundo. Em Portugal, houve mulheres que se bateram pelos seus direitos. Neste caminho não pode ser esquecido o papel, actividade e acção de muitas mulheres que desde sempre lutaram por ideias de igualdade, direitos cívicos e sociais, direito ao trabalho, direito ao salário, essas mulheres estiveram na primeira linha do combate e ombrearam com os homens na luta por estas conquistas.
Muitas delas iniciaram o seu caminho nos princípios do Séc. XX. Foi há mais de um século, em 1907, que um grupo de mulheres instruídas e cultas fundou o «Grupo Português de Estudos Feministas», com o objectivo de difundir os ideais da emancipação feminina, fundar uma biblioteca e publicar estudos destinados a instruir e a educar a mulher portuguesa, a fim de melhor desempenhar as funções de mãe e educadora da sociedade futura.
O «Grupo» agregava intelectuais, médicas, escritoras e, sobretudo, professoras, com destaque, entre muitas outras, para Carolina Beatriz Ângelo, Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete, Maria Veleda, Domitila de Carvalho. Teve uma existência efémera, mas publicou alguns folhetos que reproduziam discursos, conferências e outros textos de autoria das principais dirigentes, preenchendo assim uma grande lacuna de leituras de teor feminista, acessíveis às mulheres portuguesas.
Sabemos até que Carolina Beatriz Ângelo e Adelaide Cabete foram depositárias da confiança de seus pares revolucionários a quem estes confiaram o segredo da conspiração republicana. Carolina e Adelaide coseram as primeiras bandeiras republicanas, que haveriam de ser desfraldadas após a vitória da revolução, ondulando as cores verde e rubra que até hoje permanecem como símbolo nacional.
Este dia foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920, posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Pretende-se com este dia chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.
Este dia foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920, posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Pretende-se com este dia chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.
Autor: A.Pires
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